segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Dieta Falhada - A decisão

Hoje é o dia.

Farto de procrastinar assuntos sérios com a desculpa de que “Amanhã trato disso”, decidi-me:
“Amanhã” é hoje. “Isso” é fazer dieta. Porque dos que retardam não reza a história...
A menos dos que retardam a ejaculação. Desses as miúdas gostam.

Pois bem, HOJE dia 1 de Setembro começo oficialmente a fazer dieta. Porque não deixo as coisa para amanhã.
E porque decidi isto ontem.

Num momento de grande lucidez a até translucidez declaro guerra à flacidez da mesma forma como tirei os três: sem fazer a menor ideia de como é que vou fazer isto.

Neste momento só sei que estou disposto a fazer dieta e melhorar a minha saúde. Há gente que faz isto para melhorar o aspecto físico, mas eu já dei essa causa como perdida.
Portanto centremo-nos na saúde.

E sei que vou escrever sobre isto. É este detalhe que vai tornar esta dieta inédita melhor que as anteriores 23 dietas similares.
E não vou escrever como escrevem as miúdas, tipo "Fantástico, hoje só comi uma salada de 303,54 calorias!" ou "Sabem que mais? Hoje perdi um centímetro de anca, dois centímetros de coxa e um iPod no Metro! Ri-fixe!"

Não! Chega de diários de meninas! Vamos falar sobre a condição social do dietético, a sua luta titânica com os costumes instituídos e com a sua própria experiência empirista da culinária, o seu reencontro com o "eu" interior enclausurado por sentimentos repressivos e dogmas instituídos, a redescoberta de sabores e fragrâncias perdidas nos confins do tempo...
Enfim, coisas de macho.

Vamos a isto!


CA

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Sketch: Estas gajas põem-me doido!!!

Cá está o novo sketch dos Projectos Diferidos, agora a espalhar a sua imensa pequenez na Speaky TV.
Porque há mulheres que são capazes de deixar um homem louco...



Mais Projectos Diferidos, mas também rubricas com qualidade na fabulosa Speaky TV:
www.speaky.tv

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O Algarvio, esse soldado anti-crise

Hoje deu-me para meditar sobre a crise. O tempo está bom, as férias estão óptimas, já vislumbro ao espelho um indivíduo dermatologicamente tonalizado de "bronze desocupado" e o Benfica fez a melhor pré-época dos últimos, vá lá... 500 anos.
Bolas, já estava com saudades de uma desgraçazinha.

Após pensar muito sobre o assunto, deu-me para concluir com: ninfomaníacas e algarvios.

Primeiro, porque passar uma crise económica é como viver com uma ninfomaníaca: o truque é ter força, potência, resistência e bastante elasticidade. E sobretudo, aguentar-se de pé.
Se no meio ainda der para dizer “Oh, sim, crise, continua, está-me a saber que nem ginjas!”… óptimo.

Segundo, porque uma crise exige adaptabilidade. E dificilmente existirá um melhor case study de adaptabilidade que o Algarvio.

Atente o(a) leitor(a) no seguinte: conhece algum Algarvio que não saiba falar inglês? Certamente que não. Vislumbra algum Algarvio que, mesmo sendo analfabeto, não saiba ler inglês?! Impossível.
Atrevo-me inclusive a dizer, sem qualquer base estatística mas com o sentimento de convicção que acompanha sempre os ignorantes, que o inglês é de longe o idioma estrangeiro mais dominado no Algarve, à frente do francês, do alemão e do português de Cascais.

Ora surge então a pergunta: o que raio leva o Algarvio a dominar a língua dos bifes? Será um gosto especial por pessoas que põem o volante no lado onde o português põe a mulher? Será o fascínio por apanhar escaldões de meia-noite e andar 90% das férias de manga à cava com uma ventoinha nas costas e 5 litros de Caladryl nos braços?
Não me parece. O Algarvio aprende inglês porque dá dinheiro. Porque viu uma oportunidade. E ao contrário do típico português, fez-se o que se deve fazer em cenários de oportunidade: foi à luta e formou-se.

Interessa agora saber se o Algarvio se formou em inglês no Cambridge ou nos bares da Oura? Se aprendeu num sítio de línguas ou a meter a língua em sítios? Se o método de estudo iniciava com a aprendizagem de “How do you do? My name is Jaquim” ou com a interiorização de “Oh my God! Bang me from behind, you portuguese stallion!”?
Certo que não. O que interessa são os resultados.

Claro que existirão sempre “Velhos do Restelo” que afirmam que não, que a crise não tem cura, que apanha toda a gente, e que se calhar até o Algarvio não é autodidacta, é descendente de camones – atire a primeira pedra quem nunca ouviu a rainha Isabel dizer aos netinhos: “Oh Will and Harry, you bloody marafades”)

Eu cá não comungo de tal amorfismo. E se o leitor também não comunga, faça como eu: pense no Algarvio e vá à luta. Nem que isso signifique ter formação numa luxuosa suite algarvia com uma formadora loura, peituda e sexualmente desenfreada.

A crise exige sacrifícios, com a breca!

PD